quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

(DES)Aprendendo a pintar


Comecei por me interessar pelo tema.
Vi uns vídeos, li uns livros, fui a umas aulas.
Investi um pouco mais: comprei todo o material.
Comprei tintas, telas, pincéis...
Comecei a preparar a tela,
Peguei no pincel e nas tintas e comecei com toda a devoção.
Comecei com muito cuidado, idealizando o que quis que saísse de lá.
Desenhei um risco, mais um risco, depois uma pincelada longa.
Empenhei-me ao máximo, dei o meu melhor.
Deixei a tinta secar,
Afastei-me para fumar um cigarro e de repente:
Perguntei-me se fui eu que fiz aquilo.
Aquela borrada toda. Nem a tela se aproveitou para uma segunda vez.
Nada a fazer, senão esquecer.
E o material que era perfeito, a técnica toda adquirida, tanto empenho e dedicação...
Tanta desgraça ali espelhada.
Peguei no material e arrumei-o aos poucos, pois as lágrimas não abandonavam os meu olhos. Via tudo turvo, piorando a imagem da tela.
Decidi colocar tudo numa caixa e deixar de pintar.
Ponderei vender todo o material, alvo de tanto investimento e dedicação.
Tarde demais, o Rei Midas ao contrário estava de volta.


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