segunda-feira, 12 de maio de 2014

Realidades ao dia 64

Meu amor,

Depois de tantas tentativas para ser feliz, venho desta forma assumir perante os deuses e as constelações, o fado e o destino, que não sei viver sem ti.
Não quero nem ouso acordar mais um dia e não te ter a meu lado.
Não quero nem ouso pensar em mais alguém que não tu.
Chega de driblar o hoje, dos planos para driblar o amanhã, e mais o amanhã, amanhã...
Chega de histórias e de fantasias.
Chega de murmúrios e ladaínhas.
Deixa-me mostrar-te que sou mais do que esperas. E que não sou tão má quanto julgas.
Mesmo sabendo que estás ausente, vou tentar saber de ti. Porque quero encontrar-te, mesmo sabendo que estás magoada comigo. 
E porque acredito, sou louca o suficiente para te encontrar.
Porque vou encontrar-te, ontem no Linkedin consegui a morada da tua empresa (sim, fui à procura do teu perfil) e a cidade onde estás. 
Vou esperar-te lá, comprar um bilhete de avião para ontem e esperar que me possas perdoar.
Vais ficar incrédula quando me avistares, vais fazer cara séria, quando sei que dentro gritas. 
Vou querer abraçar-te e tu, empurrar-me. 
Vou envolver-te em ternura e tu, vais olhar através de mim e jogar com o teu racional mantendo-te fria e distante.
Eu sei que me perdoas. Porque sei que me amas. 
Sei que és sincera, genuína nos afectos. E sei que me perdoas, desculpando a minha perdição, o meu tão controverso caminho para chegar até ti.
Vou chorar e fazer-te chorar. 
Depois vamos rir, e assim te desarmo. Depois? Depois vou aninhar-te em mim e deixar que me leves para a minha casa. Esse lugar entre os teus braços, que me espera. E vou ficar aí.
Para sempre.



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