Não bastava bater-me no jipe... Teve que mandar-me para a minha terra, chamar-me pula e ainda ofender a minha mãe. Saio do carro, vou direito ao vidro dele... Sem dizer nada... puxo a mão atrás... Pum!!! Rebento-lhe o lábio.
Não satisfeita, volto a puxar a mão atrás... Murro na cara... Novamente.
Deixo-o a sangrar e entro no meu carro. As zungueiras aplaudem e sigo caminho. Afinal são 7h30 ainda... Tenho o dia todo pela frente.
Quando estou a estacionar, a polícia aborda-me... Lá tem que ser... Uma gasosa, para acabar bem a semana. Ainda nem são 9h.
Hoje explodi, acordei em tolerância zero. Sem pensar nem medir as consequências, agi sob uma cegueira que me move nestes casos.
Se ele se virasse ou me magoasse? Estava em tal estado de raiva que só o largaria quando um dos dois deixasse de respirar.
Se tive medo que houvesse um movimento popular? Não pensei nisso.
Estava sozinha, era só eu que estava em risco. Por isso, sem medo.
Para a próxima pensa melhor, quando se cruzar com um branco. Não quero mudar este povo, só quero respeito, sou portuguesa com muito orgulho.
(Leitura não aconselhável a pais ou pessoas que se preocupam comigo).
E pronto... Abri o pulso naquela besta.
Sem comentários:
Enviar um comentário