quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

repetições

Andamos constantemente em looping. São as pessoas, os sentimentos, as profissões, os amigos... tudo tem o seu tempo, mas às vezes repete-se em ciclos, como um verdadeiro equinócio. Por vezes fazemos da vida um constante zapping , outras vezes deixamos a televisão ligada sempre no mesmo canal, lançando o olhar para o telecomando pensando no que poderá estar a passar nos outros canais, mas ficamos só pelo olhar. Olhamos, sonhamos, mas não fazemos o mínimo esforço para alterar seja o que for, nem mesmo o canal de televisão. Ajeitamo-nos no sofá, puxamos a almofada, e continuamos a dislumbrar a televisão, como se fosse a única alternativa. Prefiro o zapping, a eterna curiosidade de espreitar para os outros canais. O frenesim que se instala em nós a cada contacto mais aprofundado que possamos ter com outro ser humano. E o ciclo repete-se, a cada pessoa, a cada sorriso, a cada passo, a cada suspiro... há sempre outro, e mais outro, e mais outro... e ainda se seguirá mais outro. E nós, sem a capacidade de distinguir se são todos novos, ou apenas meras repetições.

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