sábado, 2 de julho de 2011

Génese



Quisesse eu entender-te assim, desprovida de pensamento, de raciocínio, sem óleo na máquina. A semana toda em sobressalto, a pensar em ti segundo a segundo, a saudade a rasgar-me o peito, o vazio que se instalara...
Cansada de pensar, fecho os olhos e desato a rir qual louca perdida. Começo a visualizar dinossauros voadores, vulcões, e o vento... soprava e consigo trazia as cinzas dos vulcões. O verde das árvores rapidamente passou a castanho e depois a cinzento... ainda ria, não sentia o corpo, estava em transe. Começo a ver a água, os peixes a sair da água e a transformarem-se em reptéis, não páro de rir, tão real... A minha mente estava a fazer download de algo que já devo ter visto no Discovery. Quero voltar, mas estou em total transe. Fico surpreendida com tudo, não sinto o corpo, só me apetece rir. Ligo a luz, assustada, olho para o telemóvel, lá estava depositada a mensagem. A mesma que inverteu o rumo da história, da nossa história.

Agora sei, esta transe era nada mais que o início, a génese de nós.

1 comentário:

Secreta disse...

Uma transe boa, portanto.