terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Hands On



Falaste-me nos anjos, nas suas capacidades. Falaste-me no céu, no seu espaço imenso.
Contaste-me que deveríamos ter asas, deveríamos ser livres e voar... Pensei imediatamente na internet, na cloud, em domínios, em replicações... Depois achei que deveria ter pensado em pássaros, em anjos, em pessoas.
Percebi que o meu lado prático tinha dominado por completo o meu lado romântico, literário.
Percebi que o trabalho para mim era bem mais importante que o amor. Só podia ser assim, não podia acreditar mais em amor. Não queria. Recusava-me. E percebi... Percebi que aqui, há umas mãos livres, possuidoras de asas, acompanhadas de uma mente que divaga com tamanha facilidade. Percebi que poderia abrir as mãos, mas não o coração. Esse, não teria asas, não voaria, não teria vida própria. Esse, seria apenas mais um órgão vital.