domingo, 24 de novembro de 2013

M

Aos poucos, ao longo de várias madrugadas, pegava num sabre que ia aquecendo no fogo que ainda restava do lume que fazia de cada vez que o sol desaparecia no horizonte. 
Lentamente, e em movimentos coordenados, tatuava  no coração, em peito aberto, quatro linhas retas, unidas nas extremidades. Passados vários meses, percebeu que era um M
De peito aberto, retirou o coração, virou-o ao contrário e nada fazia sentido. Passou a W. De imediato, e ainda com alguma coragem, voltou a virar o coração, e já quase sem sentidos, sem sentido, continuou com o M tatuado. 

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