quinta-feira, 10 de julho de 2014

Brinde

Assim que cheguei a Luanda, a primeira coisa que perdi foi... um brinco. 
Tinha sido oferecido.
Considerei isso um presságio, bom por sinal. 

Peguei no outro que sobrou, guardei-o na mesa de cabeceira, na esperança de voltar a encontrar o seu par. 
No dia de regresso, quando chegou a hora de fazer a mala, peguei no brinco e coloquei-o no lixo. Não tinha encontrado o par. 

E, como há coisas que aparecem ou desaparecem por bem, esta semana, quando entro em modo de voltar a fazer as malas... Encontro algo que julguei perdido faz 3 a 4 anos... Não sei precisar. 
E o que foi? Exactamente... um brinco.

Estava no carro, dei com ele quando entrei no carro regressada do consulado de Angola. E se eu saí do consulado como quem entra para o palco onde serei decapitada, toda a minha expressão mudou. Tudo em mim mudou naquele momento.

Curiosamente, tinha o outro brinco ainda à espera do par. 
Neste caso: o par de brincos mais importante para mim.

... Porque há coisas que desaparecem por bem!


... E há outras que aparecem para melhor!

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