sexta-feira, 1 de agosto de 2014

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Ontem voltou novamente o assunto... Mas desta vez fiquei a pensar nisso. 
Qual o meu papel naquela história que não é a minha?

Depois de questionar-me sobre qual o meu papel, relembro-me que a história não é a minha, efectivamente e com gáudio.
E relembro-me de um episódio que aconteceu há duas semanas quando fui jantar com uma amiga. Sabendo ela do meu relacionamento passado, conta-me que, conhecendo ela a ex da ex, a história foi exactamente a mesma, a única coisa que mudou, segundo ela, foi a personagem.
Diz-me que tudo correspondia, segundo ela, ao ouvir a história vivida por outra personagem foi a sensação de "déjá vu". Só se dizia a ela própria: "Já ouvi isto em qualquer lado, já conheço esta história mas com outra pessoa".
Disse-lhe de um modo muito egoísta que ficava muito contente por não ser eu, desta vez. Sorri e sorri e voltei a sorrir, o sorriso não me largava naquele jantar. E a acompanhar aquele sorriso, uma alegria que vinha de dentro. Estava feliz por mim, por mim e mais por mim. Não pensei em mais ninguém, não desta vez.
Nem voltei a pensar no assunto, até ontem.

Ontem voltou a falar-se de uma coisa semelhante que já me tinham contado.
E a questão inicial surgiu e a resposta também.

Faço-me ainda outra questão. O que sinto em relação a tudo isto? 
Sinto que a dor é um ícone abandonado no ambiente de trabalho, após a desinstalação da aplicação.
Imediatamente tentei abrir a dor, mas... não estava lá nada, tinha desaparecido.
A dor deu erro, e eu acabei por eliminar o ícone.

Relembro-me de um episódio que data de 01 de Abril de 2012, quando eu, já na cama, aguardava por ela. 
Ouço uns gritos e uns choros, dignos de quem acabou de perder um ente muito querido. Fico assustada, e pergunto-lhe se está tudo bem. Continua num pranto sem fim, misturado em desespero. 
Fico a pensar que recebeu más notícias e aguardo que me conte o que acabou de acontecer.
Quando chega perto de mim, passados mais de 30 minutos, diz-me que a ex namorada vai casar.
Fico sem saber o que pensar ou sentir. Penso que fiquei em desespero internamente, mostrando um ar muito seguro. Essa noite foi difícil de digerir. E os próximos dias, e os próximos meses... até os próximos anos. Tudo mudou nesse dia, sem ela o saber.Tanta coisa se perdeu em mim, nesse dia... 

Hoje, tenho a certeza que estive sempre certa. Desde o primeiro dia.
Aprendi da pior forma que devo confiar primeiro em mim, e só depois nos outros.
Aprendi que ninguém me conhece melhor do que eu própria.
Aprendi que adquiri ao longo da vida a experiência necessária para saber se uma pessoa é boa ou não. 
Aprendi, também da pior forma, que a pessoa que esteve a meu lado é a que pior fala de mim. Deveria ter-me apercebido disso quando tantas vezes cuspiu no prato onde comeu... e onde voltou a comer depois de cuspir no mesmo.
Aprendi tanto... depois de tudo ter chegado ao fim. Depois de um caminho de martírio, veio o conhecimento.Mas veio muito mais que isso. Veio tanto mais que isso!

E o que sinto em relação a isto?
Resumindo: desprendimento, desprezo, felicidade e sobretudo, auto-valorização.

Hoje sou feliz, e estou feliz. Desde Janeiro que estou neste estado de uma forma continuada.
Hoje, estou longe e consegui remover todas as instâncias obsoletas e vírus e worms do meu sistema. 
E consigo mantê-los longe graças ao meu anti-virus natural.

E por aqui vou continuando, sonhando... concretizando... e desejando.
É esse o meu caminho.

E mais digo, não há nada melhor do que trabalhar em casa, ou em qualquer outro lado. 
Ontem, ela veio buscar-me a casa a seguir ao almoço e foi assim a tarde, a trabalhar na esplanada numa praia próxima. Foi um dia muito bom, adoro-a!


Amig@s, não há nada melhor que isto! 
Será assim, até voltar a embarcar, o que parece estar para mais breve do que pensei.




















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