Hoje dedico-me a 100% ao que gosto de fazer e com grande pesar, não o posso fazer no meu país. Diz o governo que para já é ilegal. Tenho que aguardar que terminem os lobbys e que o dinheiro deixe de circular. Acredito que sim, é como um romance mal amanhado, chega um dia em que cai na rotina e deixa de circular a moeda de troca. Garantido.
E é com grande pesar que tenho que voltar para o meu país, deixar para trás este país que tão bem me acolheu, que me faz sentir em casa e que até me disponibilizou uma família, como se fosse a minha.
E., o marido, os filhos, os pais, o cunhado e a esposa, o irmão e a esposa, os tios... Sou tão mas tão grata!!!
Volto para o meu país oficialmente desempregada, para tratar de tudo a que tenho direito. E por imposição de uma lei ridícula, tenho que permanecer no meu país... as tão celebres apresentações quinzenais. A boa notícia é que a partir de 1 de Outubro deixará de existir essa parvoíce e eu vou poder tirar o pé (como dizem os meus irmãos angolanos). Isto se ainda for ilegal o que eu faço em Portugal, e não, não se trata de prostituição, drogas, armas ou outro negócio ilícito. Trata-se de algo que noutros países mais desenvolvidos se trata de "desporto mental" e por isso, nas próximas olimpíadas, será um jogador deste desporto que vai levar a bandeira dos "jogos de mente". Imaginem xadrês mas só com 2/3 das peças à vista... o resto... é magia. E é esta a magia a acontecer na ponta dos dedos, que me fascina.
Por agora, de bilhete de avião já comprado, com o futuro totalmente indefinido nos próximos meses, vou continuar a grindar. Não posso deixar de estar triste, muito triste. Apesar de não ser uma escolha minha, vou continuar a luta, aqui, ali... ou em qualquer lugar do mundo. Porque eu sou a minha casa.
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