quinta-feira, 21 de julho de 2016

Meta_frick



Uma coisa é o Black Friday... outra é... o Black Tuesday! E que Black Tuesday. Foi o meu pior dia por cá. Foi um dia horrível. Errei, errei e quando pensei que tinha acabado, ainda continuava a errar. Ah, como eu odeio errar! Sou a única pessoa cujo meu perdão não é possível. Eu tento, mas não consigo perdoar-me. Seria tão fácil pensar: "Errei, ok, amanhã é outro dia... começamos de novo." Mas não, fico ali, a tentar racionalizar sobre um erro que é tão normal e que cerca de 90% das pessoas o cometem, principalmente nos primeiros 5 anos de carreira. Mas eu não posso cometer esses erros. Eu não posso estar nesses 90%. Eu quero estar nos 10%, ainda que perceba que chegarei a esse nível e que esta fase é de aprendizagem e é tão comum errar. Eu, que tantas vezes errei ao não seguir o meu instinto naqueles 30 segundos iniciais de primeiro contacto com algo ou alguém. Eu, que continuo a errar em tanta coisa e todos os dias... Mas nesta área, não me permito falhar. Não, na minha praia.

Ontem finalmente tirei folga. Não tinha descansado desde que regressei a Praga. Dia após dia... sempre a construir... sempre a tentar... sempre a lutar... sempre com sangue no olho, muito arroz com feijão, mas sempre lá... a 200%!

Aproveito para refletir sobre o erro, porque raio quero fazer trapézio sem rede? Tanto que li a respeito, tanto que sei sobre o assunto... imperdoável. Metaforicamente, claro.



E é assim, sentada na beira da piscina que volto a tentar construir um novo plano, que faço contas aos metros de rede de segurança que preciso e que ganho forças e energias para voltar para cima da corda. E não é preciso muito... já estou de volta ao pano. E com tantos metros de rede de segurança, que é quase impossível voltar a cometer o mesmo erro. Não, novamente. 

Hoje acordo renovada, com um e-mail que me deixa sem palavras. Fico eufórica, um e-mail curto e objetivo: "tenho saudades tuas e do teu mau-feitio, fazes-me falta". Um e-mail que me deixa o coração a rebentar de gratidão por esta mulher que depositou tamanha confiança em mim e acreditou em coisas que ainda não existiam mas que apareceram em mim... Incrível o ser humano. E por isso fiquei tanto tempo, porque sentia-me a crescer. Há laços que não conseguimos explicar. Não conseguimos: eu. Segundo ela, apaixonámo-nos uma pela outra, profissionalmente apenas. Talvez, não sei. 







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