sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Desvio

Um mês tinha passado, desde o início da nossa relação. Diz-me que vai até ao Algarve, a um casamento de um amigo. Normal, considerei eu. Ligou-me algumas vezes enquanto lá esteve. Diz que tem saudades, que eu deveria ter ido, que me queria lá, que, que, que... Fiquei confortável com o carinho demonstrado. Quando regressa, diz-me que conheceu um casal de raparigas, que também tinham ido ao casamento. Que eram simpáticas e que eu havia de conhecê-las. E conheci. Achei um casal normal, com uma diferença de idade entre elas, considerável. Achei que poderíamos ter em comum, enquanto casais, esse factor. O que eu não sabia foi que, nessa noite, naquele fim-de-semana, após aquele casamento, a minha namorada tinha dormido com a miúda desse casal. Mas ela não considera isso uma traição, pois não tinha tido prazer... E aí as coisas mudam. Traição só é traição quando há prazer, quando se dorme com alguém, e partilhamos o nosso corpo com outra pessoa, quando temos uma relação com outra pessoa, não é traição... pelo menos ela quis que eu acreditasse nisso. Contou-me 6 anos depois, distraiu-se... E ainda acrescentou que eu não tinha o direito de ficar magoada, pois já tinha acontecido há tanto tempo, era passado. Tens toda a razão, não fiquei magoada, apenas enojada. Mas já passou, pertence ao passado. Mas não consigo deixar de ficar triste por não teres tido prazer, como é possível?! Para a próxima, escolhe melhor.

2 comentários:

Cadinho RoCo disse...

Mas é evidente que o prazer só não existiu na revelação ida à justificativa. Mas isso é só detalhe não importa se o que de fato existe é amor.
Cadinho RoCo

Secreta disse...

Bem...uma situação no minimo...constrangedora.
Gostei da forma irónica com que "respondeste" ao problema.