quinta-feira, 17 de março de 2011

A certeza da saudade



procurar estacionamento naquele largo;
abrir aquela caixa de correio;
colocar aquela chave naquela porta;
ouvir o gato a miar quando coloco a chave na porta;
o cheiro a incenso quando entro em casa;
olhar para as gárgulas que comprei em Paris e que insisti para que ficassem na entrada da casa;
a minha roupa espalhada pela casa;
chegar à cama e ela já estar a dormir;
vê-la a dormir;
a inquietude do seu corpo na cama;
a voz dela quando me chama de manhã;
a rádio com o volume muito alto logo antes das 8h;
as palavras reservadas;
as discussões por eu não atender o telemóvel;
as discussões por eu passar horas frente ao computador;
as discussões para saber quem cozinha;
o interromper as discussões com piadas estúpidas que a deixam totalmente desarmada;
o seu sorriso;
a sua tranquilidade;
a sua inquietude;
aquele esfolar de dedos constante;
a sua preocupação em saber que eu estou bem;
o espaço entre nós, o qual foi aumentando na cama;
a serenidade de uma relação estável.

4 comentários:

Secreta disse...

A saudade que corroi... que não se pode negar. Pelo menos não a nós mesmas!

Para a Posteridade e mais Além disse...

a instável serenidade

Secreta disse...

Bom fim de semana!

Filipa disse...

Sinto Saudade Dessa Saudade que falas. E como queria partilhar assim. Viver Assim. entendo-te bem.

beijo doce.

[ ps: consegui comentar-te mas tive de mudar de servidor, esta net anda maluuuuuuuuca :P]